Ao
acordar e depois de todos os rituais matinais, você sai de casa na certeza de
que irá chegar atrasado no trabalho ou faculdade.
Na rua só pela forma de andar,
sem sombra de dúvidas, achariam que você é um atleta de marcha atlética, pela
velocidade que imprime nas suas passadas, mas sem perder a elegância e sem sair
desesperadamente correndo que nem um velocista.
É natural ao estar atrasado vir
um mau humor, sabendo que na maioria das vezes, você sai sem tomar
aquele café da manhã almejado por todos: O café da manha da novela das 20h.
Voltando para nossa realidade... (Com
pressa nem pão temos o prazer de comer)
Andando na rua, como mencionei
anteriormente no nível “marcha atlética” e tentando desviar de todas as pessoas,
isso quando não tem aquela senhora que cisma de aparecer na sua frente pra
dançar valsa, indo de um lado para o outro sem deixar você passar.
Ao atravessar no sinal me deparo
com um senhor de aproximadamente 70 anos dançando na calçada do outro lado da
rua, com o seu fone de ouvido e uma latinha na mão. É lógico que todos passam,
outros até param e olham aquela cena com graça, imaginando que aquele ser, de
duas a uma: Ou está bêbado ou deveria estar no hospício.
Tem uma música composta por
Gonzaguinha conhecida por todos nós que diz: “Viver e não ter a vergonha de ser
feliz. Cantar e cantar e cantar. A beleza de ser um eterno aprendiz. Eu sei que
a vida deveria ser bem melhor e será...” e é exatamente isso que penso desse
senhor.
Ele não tem a vergonha de ser
feliz, ele não esta preocupado com o que os outros vão achar dele, ele esta
simplesmente dançando de forma livre e espontânea.
Essa maneira pode ser uma
forma de ele externalizar e expressar sua felicidade que por medo, muitas vezes impostos
pelas nossas más experiências ou impostas por nós mesmos, preocupados com o que
outros pensam das nossas atitudes, também pelo nosso medo de errar, medo das ilusões
e criações em nossas cabeças, perdemos a oportunidade de ser verdadeiramente
felizes.
Não sei do histórico desse
indivíduo, mas sei de uma coisa: Ele é um ícone de disponibilidade, felicidade
e alegria de viver. Só pelo simples fato de vê-lo dançar despretensiosamente na
rua.
Fico pensando o quanto é simples
sermos felizes. Que tal começarmos a nos permitir. Dar permissão a essa felicidade
simples de ser adquirida por nós mesmos no dia a dia, na sua forma mais despretensiosa
e pura, sem nos preocuparmos com o que pensam de nós. É um grande exercício.
Que tal experimentar isso todos os dias.
E só pra fechar e pedir a conta.
Frase de um grande amigo que diz:
“Não se dê tanta importância”
A conta, Por Favor...
Pagarei seus 10% à vista hoje e feliz da vida.
Conheço esse senhor e acho muito interessante a forma que ele não tá nem aí... Outra música...
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